terça-feira, 21 de março de 2017

Um poema de Marta Bernardes

Ninguém sabe ao certo
Como é que o tempo caminha
Se é como a areia do deserto
Ou se é em forma de linha.

Se nos atravessa como uma flecha
Ou se nós é que o fazemos existir
Se rodopia, se abre e fecha…
Um círculo que vive a ir e a vir.

Se é como nenúfares
Que podemos saltar
Para trás e para a frente

Ou se é como o vento
Que não vemos
Mas levanta os cabelos à gente.

Marta Bernardes. Ícaro. Lisboa: Mariposa Azual, 2016.

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