Domingo.
Algumas janelas estavam fechadas e outras
entreabertas
para deixar entrar o ar quente
de
Julho. Mobilizávamos os corpos
para a
esplanada mais próxima. Tínhamos
a
lentidão de quem acorda tarde e os olhos
semicerrados.
As mãos enganam-se em carícias trocando
os
hábitos naturais de quem espera em
solidão.
Mais tarde, o sol baixa a sua intenção
sobre
nós e escurece os sorrisos de quem sabe
que o
dia termina ali. Segue-se
a noite
e a certeza de que tudo é instável e o coração
não é excepção.
Da série
Biografia não Oficial
(A sair
um dia destes)
José
Duarte
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