sábado, 10 de novembro de 2012

Um poema de João Luís Barreto Guimarães


este poema foi escrito ontem hoje não
vou escrever (na face nego sorrisos como
quem fecha janelas) hoje só preciso de
mim (este poema é grátis: não está
incluído no preço do livro). hoje
não tocarei o corpo da Corona Four
uma ‘azerty’ americana já com uma certa
idade (ainda é das que escreve poesia a
preto e ranco) faz um mês que se perdeu
a tecla da letra « » só por isso não
tenho escrito sobre o rilho dos teus
olhos. o meu copo está vazio (hoje
não é poedia) depois eu mando alguém
uscar as minhas palavras
João Luís Barreto Guimarães, Poesia Reunida, Quetzal, 2011.

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