segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Poemas de Ana Martins Marques

CÔMODA

E dela
o que restou
senão
sobre a cômoda
um par de brincos
que talvez não sejam dela?


TORNEIRA

Quem abre a torneira
convida a entrar
o lago
o rio
o mar


VARAL

Suas camisas
colorem
o vento


*
Seus jeans
atualizam
a paisagem


*
Sua camisa branca
rendida
com
ao fundo
a noite
ampla


Ana Martins Marques. Retirado daqui.

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