- E não temos palavras para ser
- Regressamos em silêncio aos dormitórios
- No olhar trazemos o vazio
- e dentro do vazio somos carnívoros
- Saímos para a noite embriagados
- O rosto que temos não nos chega
- Os olhares vítreos são mesmo de vidro
- com suas lâminas compramos o prazer
- Não temos palavras para ver
- somos corvos e chacais e somos cobras
- E um rio tumular percorre os corpos:
- o grito de Munch o rio de lama
- em peitos tatuados em sexos
- esculpidos De piercings na língua
- os olhos injectados nós somos
- tubarões nós somos mortos-vivos
Retirado daqui.
Sem comentários:
Enviar um comentário