Possa eu tornar-me pedra,
de pedra areia, da rocha
grão, do diamante brilho.
Endureça eu como concha
de água matricial, minério
de cobre, coração cristalino.
Seja eu alimento imperfeito
de clareza perfeita, mar denso,
condensado, astral e puro.
Seja eu mel coagulado
d'orvalho e ouro vivo.
Ana Marques Gastão. Adornos. Lisboa: D. Quixote, 2011.
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