No metropolitano ao fim do dia
viajam caras que se movem
dentro do futuro; procuro
entender o que as faz cegamente avançar
em direcção à morte natural
como se, adolescentes, a criasse
ainda o mundo para o uso dúbio
dum ser abstracto a que chamamos tempo.
Gastão Cruz, A Moeda do Tempo, Assírio & Alvim, 2006.
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