os poetas devem morrer de tuberculose, na miséria
isso ou artista doméstico
fato de treino e perversões de periferia
o resto é abaixo de gato
eis onde estou e pergunto
vais abandonar este poema
o verso que redime não to prometo
procuro nos tantos livros amontoados
nos tantos poemas à espera nas feiras ao sol e à chuva
pode ser que surja um olho avulso
a palavra invisível do primeiro verso
Herodes mata o que nasce
como todos os dias as nossas mãos.
Glória e Eternidade, Teatro de Vila Real, 2009
Retirado daqui.
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